INOVAÇÃO DE JOVENS EMPREENDEDORES PELA ÁGUA
INOVAÇÃO DE JOVENS EMPREENDEDORES PELA ÁGUA
Contextualização
Os desafios e tendências apresentados nesta sessão foram a inclusão de jovens em projetos de sustentabilidade hídrica, o incentivo ao empreendedorismo e também a participação das mulheres em projetos de variadas tendências tecnológicas. Mais especificamente, os principais desafios foram que a sociedade ao redor de todo o mundo ainda não valoriza a força dos jovens na participação e tomada de decisão de políticas públicas. Já se sabe que pessoas jovens trazem geneticamente a qualidade de responder de forma mais rápida e criativa a problemas devido a resiliência natural em busca da sobrevivência. No entanto, a baixa representatividade jovem em conselhos e colegiados, por exemplo, induz a ciclo vicioso de exclusão dos jovens. A inclusão digital é ainda um problema para conectar jovens de comunidades de baixa renda às oportunidades de capacitação e participação. Um desafio organizacional para recrutar e gerir voluntários jovens em iniciativas sociais. Apesar disso, experiência com participação da juventude vêm se desenvolvendo ao redor do mundo e podem inspirar outras iniciativas jovens. Em El Salvador, um projeto propõe a captação de água em pequena escala através de unidades simples de fácil manuseio e manutenção por parte da comunidade ou mesmo famílias em áreas remotas. O envolvimento das mulheres liderando a implantação e manutenção destes projetos tem se mostrado de grande valia e os resultados apresentados sugerem a disseminação em escala maior para este tipo de solução realista e econômica. No Brasil foi apresentado um importante projeto (fa.vela) de incentivo a jovens empreendedores em comunidades carentes por meio de educação e projetos que propiciem geração de renda, inclusão digital e a multiplicação de novos empreendedores. No Egito um projeto simples e econômico de implantação de fossas sépticas móveis para comunidades que não dispõe deste serviço, cujo envolvimento de jovens é elemento central no sucesso das propostas detalhadas. No Camboja um projeto de saneamento fortemente concentrado na educação de jovens, transformando-os na força de mudança da população para novas práticas sanitárias.
Recomendações
Recomenda-se aumentar a representação jovem. Além disso, temos dois aspectos que devem ser considerados: a apresentação de projetos econômicos de fácil acesso e fácil manutenção, dentro de uma perspectiva bastante realista e condizente com as condições econômicas das regiões de implantação destes trabalhos; e os projetos devem poder ser mantidos e gerenciados pelas próprias comunidades, sempre através do desenvolvimento de capacidades e treinamentos adequados.
Conclusões
Todos os países, dentro de suas peculiaridades, devem implementar ações para inovação e com participação da juventude à sua maneira, sempre se guiando pelos princípios básicos norteadores toda concepção e filosofia apresentada no próprio Fórum Mundial da Água. Cada país tem um desafio diferente, pois os paradigmas e a adoção de novas formas de convivência com os recursos hídricos enfrentam barreiras e resistências históricas diferentes e difíceis de serem superadas e somente pela educação e capacitação de jovens e também com o envolvimento das mulheres, estas barreiras podem ser vencidas. Também a captação de recursos por intermédio de agências e órgãos internacionais é de extrema importância para a continuidade e ampliação destes projetos que hoje ainda possuem alcance limitado. Por fim, o envolvimento de jovens e mulheres como agentes de transformação social, adequando-se gradativamente as famílias numa nova concepção onde o uso racional e sustentável dos recursos hídricos devem permear a vida diária de todos os usuários deste recurso vital para a preservação da vida.
COORDENAÇÃO
ASMA BACHIKH – MARROCOS
RELATORES
ALINE MATULJA – BRASIL
LUIZ A. LOUREIRO – BRASIL
PAINELISTAS
ASMA BACHIKH – MARROCOS
TATIANA SILVA – BRASIL
KAREEM HASSAN – EGITO
VILMA CHANTA – EL SALVADOR
LAMIS QDEMAT – PALESTINA