RIOS URBANOS: CIDADÃOS COMO AGENTES TRANSFORMADORES DESTE AMBIENTE
RIOS URBANOS: CIDADÃOS COMO AGENTES TRANSFORMADORES DESTE AMBIENTE
Contextualização
Com o processo de desenvolvimento, principalmente nas cidades, os rios foram ou estão sendo escondidos nos projetos de infraestrutura e com isso esquecidos pelas sociedades. Essa situação tem trazido muitos transtornos à própria sociedade e ao funcionamento das cidades. A sessão discutiu essa relação entre os rios e as cidades. É preciso parar de entrar em conflito com a água e perceber a necessidade de reversão desse processo de planejamento e ocupação, buscando a recuperação das águas nas cidades. A mudança passa por “perguntar ou perceber o que água quer, qual o melhor caminho a seguir”, em uma reconciliação da sociedade com as águas, principalmente nas áreas urbanas. Além da recuperação é necessário mudar a forma como estamos planejando e estruturando a expansão das cidades, visando prevenir a degradação e manter o que já foi recuperado: é preciso recriar os espaços dos rios.
Recomendações
Recomenda-se a revisão dos processos de planejamento e ocupação, buscando a recuperação das águas; a reconciliação da sociedade com as águas, principalmente nas áreas urbanas em que estão escondidas, redescobrir os rios; adotar uma visão holística do problema, incluindo questões relacionadas à cultura, artes, populações tradicionais e outros assuntos necessários; que ocupação não degrade possíveis fontes de abastecimento, prejudicando a capacidade de abastecimento das próprias cidades; que a água deve ser fio condutor do planejamento da expansão das áreas, bem como para a recuperação das áreas já ocupadas; e a recuperação pode considerar o fluxo da nascente para o leito principal.
Conclusões
É preciso reconhecer que os rios têm direitos, seus espaços precisam ser respeitados, o que passa pela responsabilidade da população. Se os rios são pensados em todas as suas funções, somando visões de hidráulica, dos usos, ambientais e sociais, ele responderá positivamente às intervenções realizadas. Já temos o conhecimento necessário, é preciso agir, tendo como base as diretrizes corretas com a recuperação: da nascente para o leito principal. A governança das águas urbanas não funciona sem a participação dos cidadãos. Assim, deve-se trabalhar na articulação, capacitação e envolvimento da sociedade nos processos, desde os cidadãos comuns aos representantes do poder público, tendo a água como base dos processos de desenvolvimento.
COORDENAÇÃO
JOSÉ BUENO – BRASIL
RELATORES
JOÃO RICARDO RAISER – BRASIL
GUILHERME N. OLIVEIRA – BRASIL
PAINELISTAS
CARON VON ZEIL – ÁFRICA DO SUL
LUIZ DE CAMPOS JR. – BRASIL
PEDRO TEIGA – PORTUGAL