TECNOLOGIAS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA AMBIENTAIS E DE BAIXO CUSTO

TECNOLOGIAS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA AMBIENTAIS E DE BAIXO CUSTO

 

Contextualização

Os grandes desafios em termos de tecnologias de baixo custo é que há um grande contingente de comunidades vivendo à margem dos sistemas de saneamento básico convencional. São comunidades urbanas e rurais excluídas seja por isolamento geográfico, reduzida capacidade de pagamento de tarifas e impostos, situação fundiária irregular. Ou seja, o mapa de exclusão em relação às condições dignas de vida coincide frequentemente com ausência de acesso à água potável e serviços de saneamento. O próprio isolamento de muitas comunidades é também um desafio ao desenvolvimento de projetos que demandem envolvimento de mão de obra externa, como cientistas. Há um ambiente complexo a ser considerado no desenvolvimento dessas tecnologias: as limitações, a cultura, a governança, a qualidade, o ecossistema, o acesso, a gestão descentralizada. A cobrança pelos serviços de saneamento é também um desafio.

Recomendações

Recomenda-se tornar o saber tradicional um alicerce do desenvolvimento de tecnologias sociais de saneamento: o uso de materiais e técnicas locais, por exemplo, reduz o custo dos projetos e facilita a apropriação do sistema instalado pela comunidade. Deve-se estabelecer um real diálogo entre técnicos e comunidade, para identificar com mais proximidade os desafios e oportunidades locais. Recomenda-se ainda: estabelecer uma política de pagamento pelos serviços, mesmo que simbólica, para reduzir a dependência dos financiamentos e também criar na comunidade uma valorização dos serviços para a melhoria de sua qualidade de vida; capacitar gestores, construtores e educadores locais para reduzir a dependência de recursos humanos externos que encarecem os projetos sociais e por vezes o tornam insustentáveis; e estabelecer uma relação afetiva, conectada, honesta e humilde com o projeto e a comunidade.

Conclusões

O desenvolvimento de tecnologias de baixo custo está frequentemente ligado ao relacionamento com comunidades com especificidades na sua história e dia a dia. É fundamental criar uma relação afetiva, conectada, honesta e humilde com o projeto e a comunidade. Essa abordagem é essencial para o sucesso do projeto e também para manter as expectativas da comunidade alinhadas com os objetivos.

COORDENAÇÃO
GUILHERME CASTAGNA – BRASIL

RELATORES
ALINE MANTULJA – BRASIL

PAINELISTAS
RICARDO S. BERNARDES – BRASIL
GUILHERME CASTAGNA – BRASIL
EKLAVYA PRASAD – ÍNDIA
VILMA CHANTA – EL SALVADOR
LUCIAH MONCHERE OMENDA – QUÊNIA

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