ÁGUA COMO DIREITO HUMANO
RODA DE CONVERSA
ÁGUA COMO DIREITO HUMANO
Esta importante roda de diálogo com mais de 500 pessoas participando na Arena das Águas, se iniciou com uma fala de que temos que encarar o planeta como um organismo humano, que deve ser respeitado, assim como nós exigimos respeito. Neste contexto, falou-se da necessidade de uma mudança de matriz energética tanto do planeta como da nossa matriz energética brasileira, sendo que devemos emitir menos poluição e menos ódio, tratando a água com respeito e não apenas como negócio.
Foram trazidos ao público presente, dados sobre o saneamento e do serviço de água de capitais como Paris e de como a população encara esse serviço e o seu gestor, sendo que se destacou a importância da conversa entre os poderes e de como essa mudança foi implementada naquela capital e como foi importante para a cidade, sendo que depois dessa evolução da gestão pública, a eficiência aumentou e fez com que o acesso à água aumentasse significativamente e o preço fosse reduzido.
Foi evidenciada a importância de garantir o acesso à água independente de a pessoa ter dinheiro ou não para pagar por ela, sem ter que andar quilômetros para ter esse acesso. De que é preciso e necessário melhorar a gestão com a participação da sociedade nas tomadas de decisão para o acesso à água.
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Foi dito com clareza que atualmente existe uma luta constante entre o público e o privado e que uma das ideias correntes é que as empresas privadas não existem para dar à população o acesso à água, mas apenas para maximizar seus lucros, situação que precisa ser mudada com urgência.
Finalizando, ficou evidenciado nos debates ser necessário melhorar muito a relação entre o privado e a sociedade que usa e precisa da água. Estas mudanças urgentes precisam vir dos cidadãos, para que as mudanças sejam realmente efetivas e transparentes, garantindo assim o direito humano de acesso à água, demandando a água para si.
Moderador/Coordenador:
Leo Heller (Relator especial da ONU)
Palestrantes:
Catarina Albuquerque (Ex. Relatora especial da Organização das Nações Unidas – ONU)
Maria Paula (atriz, ativista e ambientalista)
David Boys (Public Service International)
Gloria Coron (México)
ONG EAU de Paris e Miriam Planas (Som Aigua – Espanha).