EDUCAÇÃO PARA UMA NOVA CULTURA DA ÁGUA
RODA DE CONVERSA
EDUCAÇÃO PARA UMA NOVA CULTURA DA ÁGUA
Esta Roda de Conversa se iniciou com o lançamento de duas publicações da Agência Nacional de Águas (ANA) atinentes ao tema do diálogo, ‘Catálogo de materiais Didáticos com o tema Água para a Educação Básica’ e ‘ Encontros Formativos – Educação Ambiental, Capacitação e a Gestão das Águas’.
A temática deste diálogo propôs uma educação para uma nova cultura da água e se apontou abrir um debate centrado nos problemas que caracterizam a gestão da água, promovendo a aproximação entre os diversos atores sociais.
Explanou-se que o ponto de partida é a necessidade de introduzir alterações radicais na cultura da água com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento local, fundamentada em princípios de igualdade, solidariedade, sustentabilidade, educacional, social e econômica. A verdadeira gestão democrática, com, por exemplo, novas dinâmicas na educação das crianças que podem ajudar a nos colocar como sujeitos responsáveis e a resolver situações que talvez não conseguíamos enxergar antes, ou seja, dar a vivência às crianças, como a permacultura ou outras práticas ambientais, ajudando os alunos a levarem a educação aonde ela deve ir, além da sala de
aula.
Discutiu-se que a educação é muito maior do do que a transmitida em sala de aula, ou seja, a educação para uma nova cultura da água é uma forma diferenciada de transmitir a educação ambiental, com transversalidade de fato e é urgente que todos os professores sejam capacitados em diversos temas ambientais.
Defendeu-se que o mundo precisa sair da cultura da água como recurso e esta mudança precisa ser ética, de valores e principalmente da nossa relação com a natureza, dado que a água é um bem vital, é vida e temos que mudar nossa postura perante a um bem tão precioso para a existência animal e vegetal do nosso planeta.
Os participantes reforçaram que, para se ter educação ambiental, a mudança cultural é primordial. Destacou-se que não se muda cultura com decreto, ela é mudada com o tempo e pouco a pouco.
Enfatizou-se nos debates que capacitar e educar precisam ser ações de parceria. Assim o alcance e os resultados são muito mais satisfatórios, ou seja, não adianta ter diversos formatos de educação, se não houver representatividade e acesso, em se tratando da água, todos estes formatos devem se lembrar de que necessitamos de uma plataforma pedagógica da água.
Um posicionamento unânime nesta roda foi: a privatização da água transforma o cidadão em cliente. Água é um direito humano.
Moderador/Coordenador:
Neusa Barbosa
Palestrantes:
Marcos Sorrentino (Professor da USP)
Pedro Arrojo ((Professor da Universidade de Zaragoza – Espanha)
Luna Lambert (Professora da Rede Pública do DF)
Taciana Leme (Agência Nacional de Águas – ANA)
Marcos Didonet (Geógrafo e produtor de cinema).